No Enem, Dara alcançou 760 pontos na redação. “Desde criança estudei na escola indígena, sempre fui esforçada e os professores nunca me negaram ajuda. Sempre que tinha dúvidas eles me ajudavam e hoje eu devo o resultado dos vestibulares a eles também, pois se não fosse a disponibilidade e paciência deles talvez eu não teria ficado em primeiro lugar”, disse.
Dara já decidiu cursar Medicina na Ufscar e diz que seu maior objetivo é terminar o curso e voltar para Caarapó e ajudar sua comunidade. Ela explica que há necessidade de médicos que falam a língua Guarani dentro da aldeia. “Nós indígenas temos uma dificuldade muito grande de se comunicar com o branco (sic)”, explica. Ainda segundo a jovem, com sua presença na aldeia, como médica, ela poderá ajudar mais os índios, pois entenderá claramente qual doença está afligindo-os, além disso ela terá uma facilidade maior de comunicação com eles, pois ela já fala a língua e sua família é de lá.
Fonte: Correio do Estado
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