sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

'The Guardian': Escola de samba atrai ira do agronegócio ao defender indígenas

Enredo defende luta pela conservação da floresta de hidrelétricas e agronegócio


The Guardian avalia que a realização de um apelo ambiental diante de uma audiência de dezenas de milhões de dólares é uma perspectiva alarmante para o poderoso setor agrícola do país

Matéria publicada nesta sexta-feira (17) pelo The Guardian conta que o samba enredo escolhido pela escola de Samba do Rio de Janeiro Imperatriz Leopoldinense está causando grande polêmica entre políticos e empresários do Brasil. É que o tema defende os povos indígenas e coloca o desmatamento, assim como hidrelétricas e o agronegócio, como grandes vilões da natureza. 
 “O índio luta pela sua terra, da Imperatriz vem o seu grito de guerra! Salve o verde do Xingu”, diz o samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense, preparado para o Carnaval deste ano no Rio de Janeiro.
O Guardian comenta que o tema “Xingu, o clamor que vem da floresta" criado com o intuito de homenagear os indígenas da região e sua luta pela preservação da floresta e sua cultura também critica o extrativismo insustentável, a hidrelétrica de Belo Monte e agradece aos irmãos Villas-Bôas, enquanto as alas mostram a exuberância da cultura indígena e os males que os afetam, como desmatamento, uso agressivo de agrotóxicos, queimadas e poluição.
O diário observa que a realização de um apelo ambiental diante de uma audiência de dezenas de milhões de dólares é uma perspectiva alarmante para o poderoso setor agrícola do país, que recentemente encorajou o governo a enfraquecer as regras sobre demarcação de terras indígenas e proteção florestal.
O noticiário britânico informa que a Associação Brasileira de Criadores de Gado acusou a escola de samba - que ganhou o concurso anual oito vezes - de uma conspiração para difamar os agricultores que, segundo ela, devem ser tratados como heróis nacionais, pois representam 22% do PIB.
"É inaceitável que o festival brasileiro mais popular, que tem a admiração e o respeito de nosso setor, faça um show de sensacionalismo e ataques infundados", disse em comunicado.
Isso foi ecoado pela Associação Brasileira da Indústria de Arroz, que alertou sobre "grandes danos potenciais ao país, internamente e no cenário internacional, devido à evidente ignorância e imprudência com que a escola de samba retratava o agronegócio".
Em uma reação sinistra, o congressista Ronaldo Caiado - membro do poderoso bloco ruralista aliado aos interesses do agronegócio - propôs uma investigação da escola e suas ligações financeiras, afirma o Guardian.
O presidente da escola de samba, Luiz Pacheco Drumond, disse que estavam interpretado mal as letras. "Belo monstro", disse ele, era uma referência à hidrelétrica de Belo Monte e não ao agronegócio. Mas, depois de ter passado vários dias com tribos do Xingu, o sujeito, ele não tinha remorsos sobre o chamado para a conservação da floresta.
Os defensores dos direitos indígenas estão muito satisfeitos, afirma o The Guardian.
"Isso é excelente", exclamou Ivaneide Bandeira, da Associação de Defesa Ethno-Ambiental de Kaninde. "A ideia da Imperatriz colocar esta questão no seu desfile deve ser aplaudida. Foi uma atitude de coragem e muito inteligente".
A Associação Brasileira de Criadores de Gado tem acusado a escola de samba de planejar 'um show de sensacionalismo e ataques infundados', descreve o periódico.
Eduardo Viveiros de Castro, professor de antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, disse que o único caso semelhante que ele poderia pensar foi em 2004 quando a escola de samba da Portela explorou os mitos e o folclore do passado da Amazônia. Desta vez, no entanto, disse que a Imperatriz estava se concentrando na controvérsia exploração contemporânea, por vezes indevida.

Índios Potiguara da Paraíba.Com
Com:  Jornal do Brasil

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

'Índio bom é índio morto'

Na volta de um passeio a cavalo, cerca de vinte indígenas da etnia Tupinikim, incluindo mulheres e crianças, foram abordados de forma violenta pela Polícia Militar no final da tarde desse sábado (4) na Rodovia ES-010, na altura da Praia dos Padres, em Aracruz, norte do Estado.
As famílias retornavam de Mar Azul, quando cerca de quatro policiais se aproximaram aos gritos e com arma em punho, mandando que todos descessem e deitassem no chão. A alegação foi a obstrução indevida da via.

Douglas Silva, presidente da Associação Indígena Tupiniquim e Guarani (AITG), conta que naquele trecho, sem acostamento, de fato os cavalos ocuparam a pista, mas, como pode ser constatado em vídeo postado nas redes sociais, não há outro local para os cavalos naquele ponto da rodovia.
 
O vídeo (acima) também mostra as tentativas de diálogo dos indígenas, inclusive chamando um dos policiais pelo nome, apelando para seu bom senso, por conhecer os abordados. Em nenhum momento, no entanto, os policiais manifestaram qualquer possibilidade de diálogo, mantendo as armas apontadas.

Num ato considerado abuso de autoridade, os policiais então abriram fogo contra os cavalos, ferindo gravemente dois ou três animais. Um deles inclusive continuava na rodovia até a publicação desta matéria, pois, com hemorragia, não consegue se locomover. Um veterinário do Centro de Zoonoses estava a caminho para prestar atendimento. Vários indígenas também foram machucados, por balas de borracha e cassetetes.

Até policiais em greve foram se somar à violência

Segundo os índios, ao requisitarem a presença da Polícia Federal, foram ainda mais insultados, com falas preconceituosas dos policiais – que deveriam ser os guardiães da lei – inclusive como “Índio bom é índio morto”. “Foi mais uma prova da ‘tolerância zero da Polícia com os indígenas”, lamenta Douglas. Em um certo momento, todos os 40 policiais que estavam em greve desceram até o local. “Pra atender a sociedade eles não saem, mas pra bater em índio, sim”, revolta-se.

Diante da violência, o coordenador técnico local da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Aracru, Vilson Benedito de Oliveira, o Jaguareté, saiu em defesa das vítimas e foi então um dos mais agredidos. Tomaram seu celular e o espancaram. Mesmo muito machucado, Jaguareté foi detido, levado junto com mais seis pessoas – os caciques de Irajá e Caieiras Velha, o presidente da AITG, que nos relatou os acontecimentos, uma liderança de Caieiras e dois funcionários não-indígenas da Funai – para a delegacia de Aracruz, onde todos passaram a noite. Somente na manhã deste domingo (5), outras lideranças conseguiram levar um advogado até a delegacia, para soltura dos companheiros detidos.

A Rodovia Primo Bitti – que atravessa as aldeias de Caieiras e Irajá – está bloqueada desde o ocorrido no sábado e, a partir desta segunda-feira (6), serão fechadas também a Rodovia ES-010, local do crime, e a estrada que liga a cidade de Aracruz à fábrica da Aracruz Celulose (Fibria).

O protesto visa chamar atenção das autoridades. Os indígenas reivindicam ser atendidos pelo coordenador estadual dos Direitos Humanos, pelo secretário estadual de Segurança Pública e pelo governador Paulo Hartung. A pauta inclui outras demandas das comunidades, entre elas o funcionamento da Escola de Ensino Médio de Caieiras, que depende apenas da contratação de mão de obra por parte da Secretaria Estadual de Educação (Sedu).

Índios Potiguara da Paraíba.Com
Com http://seculodiario.com.br


Escola de samba do RJ canta sobre os indígenas do Xingu e critica agronegócio no carnaval 2017

Foto: Reprodução / Imperatriz
Escola de samba do RJ canta sobre os indígenas do Xingu e critica agronegócio no carnaval 2017
A região do Parque Nacional do Xingu, localizado ao norte do estado de Mato Grosso, será o tema do samba-enredo da escola “Imperatriz Leopoldinense” no carnaval de 2017. Com o nome “Xingu – O clamor que vem da floresta”, a música exalta o povo indígena e ainda faz uma crítica ao agronegócio.

Leia mais:
Mato Grosso é tema do carnaval da Mancha Verde, em reedição do samba enredo de 2006
A composição é de Moisés Santiago, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna, e o responsável pelo desfile é Cahê Rodrigues. Nele, os indígenas são exaltados como guardiões da floresta. Veja a íntegra do samba:

Brilhou… a coroa na luz do luar!
Nos troncos a eternidade… a reza e a magia do pajé!
Na aldeia com flautas e maracás
kuarup é festa, louvor em rituais
na floresta… harmonia, a vida a brotar
sinfonia de cores e cantos no ar
o paraíso fez aqui o seu lugar
jardim sagrado o caraíba descobriu
sangra o coração do meu brasil
o belo monstro rouba as terras dos seus filhos
devora as matas e seca os rios
tanta riqueza que a cobiça destruiu
Sou o filho esquecido do mundo
minha cor é vermelha de dor
o meu canto é bravo e forte
mas é hino de paz e amor

Sou guerreiro imortal derradeiro
deste chão o senhor verdadeiro
semente eu sou a primeira
da pura alma brasileira

Jamais se curvar, lutar e aprender
escuta menino, Raoni ensinou
liberdade é o nosso destino
memória sagrada, razão de viver
andar onde ninguém andou
chegar aonde ninguém chegou

lembrar a coragem e o amor dos irmãos
e outros heróis guardiões
aventuras de fé e paixão
o sonho de integrar uma nação
kararaô… kararaô… o índio luta pela sua terra
da imperatriz vem o seu grito de guerra!

Salve o verde do xingu… a esperança
a semente do amanhã… herança
o clamor da natureza
a nossa voz vai ecoar… preservar!


A letra já causou revolta nos setores do agronegócio. Kellen Severo, colunista e apresentadora do “Canal Rural”, por exemplo, escreveu em seu artigo ‘Escola de samba do RJ vai criticar agro na Sapucaí’, que “Enquanto o Brasil não enxergar e se orgulhar do seu verdadeiro talento, continuaremos a ser um país miserável. Miséria é a desgraça do desconhecimento cantado na antítese da produção vs. conservacionismo. Eu me pergunto, se essa ideia do “fazendeiro e seus agrotóxicos” fosse verdadeira, será que o Brasil ocuparia mesmo a posição de um dos maiores exportadores de alimentos do mundo?”.

Em 2016, Mato Grosso já foi tema do samba-enredo “De Chapa e Cruz mato-grossense eu sou”, da Mancha Verde, em uma reedição do desfile de 2005, e também da Unidos da Tijuca, que cantou “Semeando Sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado", em homenagem ao agronegócio, e ficou em segundo lugar.

A Imperatriz Leopoldinense ficou em 6° lugar em 2016, com o tema em homenagem à dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano.

Ouça o samba-enredo de 2017:

 

Índios Potiguara da Paraíba.Com
Com: http://www.olhardireto.com.br

domingo, 5 de fevereiro de 2017

PF deverá apurar suposto uso indevido de dados do Sisu


O Ministério da Educação protocolou na tarde dessa quarta-feira (1º) o pedido de apuração de denúncias feitas por seis candidatos a vaga no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. Os candidatos relataram o acesso indevido a dados pessoais, que teriam possibilitado mudanças de senha e informações de inscrição, como opção de curso. O processo de inscrição no Sisu foi concluído no último dia 29, com 2,4 milhões de inscritos. As informações são do Portal Correio. 
A estudante de João Pessoa Tereza Gayoso, de 23 anos, é uma das estudantes que se sentiram prejudicadas. Ela teve nota máxima na redação do Enem (mil pontos) e pretendia cursar Medicina. Quando foi checar sua classificação no Sisu, descobriu que tinha sido matriculada no curso de Produção de Cachaça, no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, em Salinas. “Eu não consigo acreditar que fizeram essa ruindade comigo”, disse Tereza.
Outro estudante, que preferiu não se identificar, foi matriculado no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Acre. “Acho triste eu precisar me preocupar com minha segurança em um site do governo”, disse.
O MEC informou à Polícia Federal que o sistema do Sisu não identificou qualquer indício de violação. “Não houve alertas nos sistemas de segurança. E nem há indício comportamental típico de episódios promovidos por hackers”, diz o texto.
O ofício do MEC, que pede a apuração dos fatos, é assinado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, e direcionado ao diretor-geral do departamento da PF, Leandro Daiello Coimbra. No documento, o ministro informa que tem conhecimento de seis casos, diante dos 4,4 milhões de inscritos. No entanto, argumenta que, diante da relevância do tema, que mobiliza milhões de estudantes, e da gravidade das denúncias, considera necessário proceder a uma investigação para que se apurem os fatos relatados, visando o esclarecimento à sociedade. O documento foi encaminhado pelo chefe de gabinete da Secretaria de Educação Superior (Sesu), Ataíde Alves.
“Os relatos dão conta de acessos feitos por terceiros às inscrições, com o propósito de alterar curso e instituição de ensino. É importante destacar que a senha dos candidatos é sigilosa e só pode ser alterada pelo candidato ou por alguém que tenha acesso indevidamente a dados pessoais do candidato”, diz um trecho do documento, que pode ser conferido na íntegra abaixo.
No documento, o MEC reiterou que todas as ações realizadas no sistema do Sisu são gravadas em log (registro de acessos em um sistema de computação), que permite a realização de uma auditoria completa. “A partir da divulgação dos casos citados, as equipes técnicas do Inep e da Sesu identificaram no sistema data, hora, local, operadora e IPs de onde partiram as mudanças de senha destes”. Todos esses dados foram protocolados em anexo. No documento assinado pelo ministro Mendonça Filho, o MEC reiterou que está à disposição da PF para prestar todas as informações necessárias ao esclarecimento pleno dos fatos.


Índios Potiguara da Paraíba.Com
Com PBVALE

Prefeita Lili mantém folha de pessoal dentro do mês trabalhado e paga terço de férias dos professores

Prefeita de Marcação - Lili Oliveira
Prefeita de Marcação – Lili Oliveira
A prefeita de Marcação, Eliselma Oliveira (Lili), cumpriu a promessa administrativa de efetuar o pagamento de todos os servidores públicos da Prefeitura dentro do mês trabalhado. A gestora efetuou no último dia 31, o pagamento dos servidores, referente ao primeiro mês do ano de 2017. Ela também realizou o pagamento de 1/3 (um terço) de férias dos professores.

Para a prefeita, mesmo em meio a grande crise econômica que os municípios brasileiros veem enfrentando, e as dificuldades encontradas resultados da transição de mandato, a gestão conseguiu cumprir com o pagamento da folha de pessoal, o que terá como meta até o último mês do seu mandato, afirmou.
25º Salão de Artesanato
Igor participou do 25º Salão de Artesanato Paraibano em João Pessoa
Igor participou do 25º Salão de Artesanato Paraibano em João Pessoa
Na última quinta feira (26/01) foi realizada a 25° edição do Salão de Artesanato da Paraíba no Espaço Cultural. A Secretaria Municipal de Esporte e Cultura esteve presente representada por seu assessor Igor Rocha, visando através deste evento, conhecer todo o funcionamento e estrutura montada e também junto ao SEBRAE viabilizar a capacitação dos artesões do município. A presença do município no evento visa à obtenção de novas informações para uma melhor recepção aos turistas que visitam e conhecem a Cultura Potiguara, refletindo no crescimento do turismo local.

Índios Potiguara da Paraíba.Com
Com a Redação do PBVALE, com assessoria