Foto: Reprodução / Imperatriz
A região do Parque Nacional do Xingu, localizado ao norte do estado de Mato Grosso, será o tema do samba-enredo da escola “Imperatriz Leopoldinense” no carnaval de 2017. Com o nome “Xingu – O clamor que vem da floresta”, a música exalta o povo indígena e ainda faz uma crítica ao agronegócio.
Leia mais:
Mato Grosso é tema do carnaval da Mancha Verde, em reedição do samba enredo de 2006
A composição é de Moisés Santiago, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna, e o responsável pelo desfile é Cahê Rodrigues. Nele, os indígenas são exaltados como guardiões da floresta. Veja a íntegra do samba:
Brilhou… a coroa na luz do luar!
Nos troncos a eternidade… a reza e a magia do pajé!
Na aldeia com flautas e maracás
kuarup é festa, louvor em rituais
na floresta… harmonia, a vida a brotar
sinfonia de cores e cantos no ar
o paraíso fez aqui o seu lugar
jardim sagrado o caraíba descobriu
sangra o coração do meu brasil
o belo monstro rouba as terras dos seus filhos
devora as matas e seca os rios
tanta riqueza que a cobiça destruiu
Sou o filho esquecido do mundo
minha cor é vermelha de dor
o meu canto é bravo e forte
mas é hino de paz e amor
Sou guerreiro imortal derradeiro
deste chão o senhor verdadeiro
semente eu sou a primeira
da pura alma brasileira
Jamais se curvar, lutar e aprender
escuta menino, Raoni ensinou
liberdade é o nosso destino
memória sagrada, razão de viver
andar onde ninguém andou
chegar aonde ninguém chegou
lembrar a coragem e o amor dos irmãos
e outros heróis guardiões
aventuras de fé e paixão
o sonho de integrar uma nação
kararaô… kararaô… o índio luta pela sua terra
da imperatriz vem o seu grito de guerra!
Salve o verde do xingu… a esperança
a semente do amanhã… herança
o clamor da natureza
a nossa voz vai ecoar… preservar!
A letra já causou revolta nos setores do agronegócio. Kellen Severo, colunista e apresentadora do “Canal Rural”, por exemplo, escreveu em seu artigo ‘Escola de samba do RJ vai criticar agro na Sapucaí’, que “Enquanto o Brasil não enxergar e se orgulhar do seu verdadeiro talento, continuaremos a ser um país miserável. Miséria é a desgraça do desconhecimento cantado na antítese da produção vs. conservacionismo. Eu me pergunto, se essa ideia do “fazendeiro e seus agrotóxicos” fosse verdadeira, será que o Brasil ocuparia mesmo a posição de um dos maiores exportadores de alimentos do mundo?”.
Em 2016, Mato Grosso já foi tema do samba-enredo “De Chapa e Cruz mato-grossense eu sou”, da Mancha Verde, em uma reedição do desfile de 2005, e também da Unidos da Tijuca, que cantou “Semeando Sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado", em homenagem ao agronegócio, e ficou em segundo lugar.
A Imperatriz Leopoldinense ficou em 6° lugar em 2016, com o tema em homenagem à dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano.
Ouça o samba-enredo de 2017:
Leia mais:
Mato Grosso é tema do carnaval da Mancha Verde, em reedição do samba enredo de 2006
A composição é de Moisés Santiago, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna, e o responsável pelo desfile é Cahê Rodrigues. Nele, os indígenas são exaltados como guardiões da floresta. Veja a íntegra do samba:
Brilhou… a coroa na luz do luar!
Nos troncos a eternidade… a reza e a magia do pajé!
Na aldeia com flautas e maracás
kuarup é festa, louvor em rituais
na floresta… harmonia, a vida a brotar
sinfonia de cores e cantos no ar
o paraíso fez aqui o seu lugar
jardim sagrado o caraíba descobriu
sangra o coração do meu brasil
o belo monstro rouba as terras dos seus filhos
devora as matas e seca os rios
tanta riqueza que a cobiça destruiu
Sou o filho esquecido do mundo
minha cor é vermelha de dor
o meu canto é bravo e forte
mas é hino de paz e amor
Sou guerreiro imortal derradeiro
deste chão o senhor verdadeiro
semente eu sou a primeira
da pura alma brasileira
Jamais se curvar, lutar e aprender
escuta menino, Raoni ensinou
liberdade é o nosso destino
memória sagrada, razão de viver
andar onde ninguém andou
chegar aonde ninguém chegou
lembrar a coragem e o amor dos irmãos
e outros heróis guardiões
aventuras de fé e paixão
o sonho de integrar uma nação
kararaô… kararaô… o índio luta pela sua terra
da imperatriz vem o seu grito de guerra!
Salve o verde do xingu… a esperança
a semente do amanhã… herança
o clamor da natureza
a nossa voz vai ecoar… preservar!
A letra já causou revolta nos setores do agronegócio. Kellen Severo, colunista e apresentadora do “Canal Rural”, por exemplo, escreveu em seu artigo ‘Escola de samba do RJ vai criticar agro na Sapucaí’, que “Enquanto o Brasil não enxergar e se orgulhar do seu verdadeiro talento, continuaremos a ser um país miserável. Miséria é a desgraça do desconhecimento cantado na antítese da produção vs. conservacionismo. Eu me pergunto, se essa ideia do “fazendeiro e seus agrotóxicos” fosse verdadeira, será que o Brasil ocuparia mesmo a posição de um dos maiores exportadores de alimentos do mundo?”.
Em 2016, Mato Grosso já foi tema do samba-enredo “De Chapa e Cruz mato-grossense eu sou”, da Mancha Verde, em uma reedição do desfile de 2005, e também da Unidos da Tijuca, que cantou “Semeando Sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado", em homenagem ao agronegócio, e ficou em segundo lugar.
A Imperatriz Leopoldinense ficou em 6° lugar em 2016, com o tema em homenagem à dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano.
Ouça o samba-enredo de 2017:
Índios Potiguara da Paraíba.Com
Com: http://www.olhardireto.com.br
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