De acordo com a gestora do Programa do Artesanato Paraibano, Ladjane Barbosa, o artesanato hoje é uma atividade que garante ocupação e renda para milhares de famílias.
A primeira dama do Estado e coordenadora do Programa de Artesanato da Paraíba, Pâmela Bório, acompanhada da gestora do PAP, Ladjane Barbosa, recebeu nesta sexta-feira (20), na Granja Santana, o cineasta e fotógrafo espanhol Juan Soler Cózar, que assina os painéis de fotografias de índios potiguaras expostos no Salão de Artesanato da Paraíba, no Jangada Clube, em João Pessoa.
As fotos integram o álbum “Paraíba Potiguara”, lançado em abril deste ano com apoio da Universidade Federal da Paraíba. “São painéis encantadores tanto do ponto de vista artístico como do ponto de vista cultural, porque as pessoas passam a conhecer mais sobre os hábitos dos povos indígenas aqui da Paraíba, enfim, é mais um atrativo do Salão de Artesanato”, destacou Pâmela Bório, ao elogiar o trabalho fotográfico de Juan Soler Cózar.
Ela ressaltou que não vê o trabalho apenas como fotografias. “São obras de arte”, declarou, adiantando que nelas Juan mostra o artesanato indígena, o processo de coleta e produção da arte dos índios. “São painéis que se tornaram mais um atrativo do Salão, muita gente está fotografando e se deixando fotografar naquele espaço, que é de muito realismo e impressiona pela qualidade das fotografias”, enfatizou a primeira dama do Estado.
Juan Soler nasceu em Barcelona e é radicado em Natal-RN há 22 anos. Ele disse que conheceu os índios potiguara da Paraíba em 2009 e a partir daí passou a fotografá-los, cujo trabalho está publicado em um livro. “O livro é uma forma de divulgar a cultura indígena na Paraíba e o primeiro lançamento ocorreu na Aldeia São Francisco”, informou Juan Soler. Para ele, é uma satisfação colaborar com o Salão de Artesanato cedendo as fotos para os painéis. E avaliou que se trata de uma mostra muito rica do que os artesãos paraibanos produzem.
No Salão existe um espaço especial indígena em uma grande oca. O local foi ambientado com utensílios, comidas, objetos de caça, publicações e orientação da cultura feitas pelos próprios indígenas da Baía da Traição. Já na parte externa, jangadas também estão expostas. Cestaria, cerâmica, adornos e enfeites como bijuterias, saias e cocares feitos em fibras vegetais, sementes e quengas de coco são as peças produzidas pelos índios que, até os dias atuais, utilizam os mesmos costumes e técnicas dos ancestrais.
Com o tema “Nossa Arte tem Fibra”, esta edição do Salão destaca os artigos que usam as fibras vegetais como matéria-prima. O evento conta com peças de mais de 4 mil artesãos de todas as regiões do Estado. São mais de 3,5 mil metros quadrados de área, abrangendo todas as tipologias do artesanato paraibano: fios, madeira, algodão colorido, fibra, cerâmica, couro, tecelagem, brinquedo, pedra, metal, osso, artesanato indígena, cordel, xilogravura, habilidades manuais e ainda conta com um espaço que destaca a gastronomia regional.
De acordo com a gestora do Programa do Artesanato Paraibano, Ladjane Barbosa, o artesanato hoje é uma atividade que garante ocupação e renda para milhares de famílias. Ela também destacou a beleza dos painéis com fotografias de indígenas paraibanos.
Serviço – O Salão está funcionando diariamente das 15h às 22h até o dia 26 de janeiro. As exceções são para os dias 24, 25 e 31 de dezembro, bem como para o dia 1º de janeiro, quando o evento será fechado para as festas de final de ano. A visitação é gratuita. O Programa do Artesanato Paraibano é vinculado à Secretaria de Estado de Turismo Desenvolvimento Econômico.
fonte: PBVALE
Fotos: Walter Rafael
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