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Vale do Mamanguape: Novas gerações resgatam a cultura indígena na Paraíba



Irembé Potiguara, 26 anos, e Rita de Cássia, 17 anos, índias potiguara, nasceram respectivamente nas aldeias Forte e Caieira, mas suas raízes estão na aldeia São Francisco, no município de Baía da Traição, Litoral Norte paraibano. Nesta sexta-feira (19), Dia do Índio, as duas indígenas recepcionavam visitantes, dançavam o toré e falavam sobre a luta do povo potiguar em manter viva sua cultura, sua língua, o tupi.
A índia Irembé Potiguara é professora de tupi em escolas indígenas da Baía da Traição e defende como guerreira a valorização e a cultura do povo potiguar. “A nossa função não só como professora, mas como membro da comunidade e do povo potiguara, é repassar essa cultura e os nossos costumes adiante”, afirmou.
A indígena fala com orgulho sobre o livro Potiguara – Índios na visão dos Índios, publicação lançada em 2011 e que neste Dia do Índio teve a segunda edição publicada pelo Governo do Estado, por meio de A União Superintendência de Imprensa e Editora. “A gente ter a possibilidade de escrever um livro, ser os protagonistas e autores desse livro é uma conquista muito grande e a possibilidade desta nova edição é um prêmio”, comemorou. Os mil exemplares da obra vão ser distribuídos nas escolas indígenas de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto.
Irembé agradeceu ao governador Ricardo Coutinho pela abertura no livro e pelos benefícios levados ao povo potiguara. “Eu acredito que este governo foi o que teve maior proximidade com a gente, todas as secretarias à nossa disposição. Então isso é essencial para nossa comunidade”, frisou. Ricardo participou das festividades na Aldeia São Francisco.
Na contracapa do livro Irembé Potiguara escreveu: “Com este livro desejamos mostrar a verdadeira face do nosso povo, rompendo com a imagem equivocada que muitas pessoas têm sobre os povos indígenas. Esperamos que esse trabalho colabore para que se estabeleça um diálogo sobre igualdade e respeito às diferenças”.
O livro foi escrito por 19 índios e índias. As fotografias são de autoria dos próprios indígenas que tiveram a orientação da ONG Thydêwá. O livro conta histórias do cotidiano dos índios e o Tupi é um dos textos escritos por Isaias Potiguara. Os índios também tratam sobre a formatura indígena. Poran Potiguara escreveu o texto Toré Potiguara. As parteiras e a reza também são registradas na obra.
União – A índia Rita de Cássia, 17 anos, participa do movimento indígena desde os 11 anos de idade. Ela integra a ONG Organização Jovens Indígenas Potiguara da Paraíba (OJIPB) e destacou a união do povo potiguara, um dos motivos do seu fortalecimento ao longo dos séculos. Com lágrimas nos olhos, a jovem expressou sua emoção: “O sentimento que tenho em ser potiguara é tão puro que é igual a uma lágrima”. Ela é estudante de Pedagogia em faculdade particular.

Da redação, com informações da SECOM-PB

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