Pular para o conteúdo principal

Diário de uma Repórter: enigmática Aldeia Tramataia


A aldeia de Tramataia fica a 5km da cidade de Marcação, região habitada também por população indígena. A paisagem bucólica do lugar se completa pela presença da vegetação do mangue emoldurada pelo tranqüilo Rio Mamanguape.
Nos manguezais que circundam o litoral norte da Paraíba, dizem, tudo pode acontecer, os índios acreditam que aqui habita o Pai do Mangue – entidade mitológica – que aterroriza os pescadores.
Mas o que mais chama a atenção dos visitantes que chegam aqui em Tramataia são as formas que a natureza cria nas plantas e que muitas vezes são tão perfeitas que podem até assustar.
Os nativos acreditam que aqui é um santuário biodiverso, onde a fauna e a flora devem ser respeitadas. Os habitantes mantêm relação estreita com a natureza. O índio Sérgio da Silva é quem costuma sair por aqui procurando galhos, cipós e raízes com formas inusitadas de animais. Ele dá uns retoques nessas plantas para que fiquem mais fiéis à fisionomia dos bichos. Os turistas já descobriram o lugar e vem aqui no verão conhecer o santuário ecológico.
São cobras, pássaros, cavalos, uma verdadeira fauna, que ficam aqui expostos no terreno de um estabelecimento local: O Natureza’s Bar.
Tramataia vem do tupi e significa erva que cura e é o nome de uma planta medicinal usada para combater o inchaço provocado pelo contato com as cascas dos crustáceos e moluscos do mangue.
O lugar é tão bonito que já inspirou até os poetas que por aqui passaram: como está registrado no poema abaixo do pernambucano Joaquim Cardozo (1897-1978).
O trecho mostrado aqui foi extraído do primeiro livro seu primeiro livro Poemas, publicado em 1947.
RECORDAÇÕES DE TRAMATAIA (1934)
I
Eu vi nascer as luas fictícias
Que fazem surgir no espaço a curva das marés
Garças brancas voavam sobre os altos mangues
De Tramataia.
Bandos de jandaias passavam sobre os coqueiros
[ doidos
De Tramataia.
E havia um desejo de gente na casa de farinha e
[ nos mocambos vazios
De Tramataia.
Todavia! Todavia!
Eu gostava de olhar as nuvens grandes, brancas e
[ sólidas,
Eu tinha o encanto esportivo de nadar e de
[ dormir.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FOTOS DE CRIANÇAS INDÍGENA POTIGUARA,O FUTURO DO NOSSO POVO!

       Somos Índios Potiguara com muito orgulho e sabemos que nosso povo sempre vai existir ,a cada dia lutaremos por nossos direitos á educação,saúde e nossas terras,Potiguara povo guerreiro e vitoriosos! Crianças Indígena Potiguara -Paraíba TIRADAS NA ÁREA INDÍGENA POTIGUARA-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA JACARÉ DE CESAR,MARCAÇÃO-PB ALDEIA JACARÉ DE CESAR,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA CARNEIRA,MARCAÇÃO-PB ALDEIA JACARÉ DE CESAR,MARCAÇÃO-PB ALD...

MINI-DICIONÁRIO TUPI-GUANRANI

PALAVRAS EM TUPI-GUARANI E SEUS SIGNIFICADOS: Aaru: espécie de bolo preparado com um tatu moqueado, triturado em pilão e misturado com farinha de mandioca. Abá: Veja auá Ababá: tribo tupi-guarani que habitava as cabeceiras do rio Corumbiara(MT). Abaçaí: a pessoa que espreita, persegue, gênio perseguidor de índios espírito maligno que perseguia os índios, enlouquecendo-os. Abacataia: peixe de água salgada, parecido com o peixe-galo. Abacatina: Veja Abacataia. Abacatuaia: Veja Abacataia. Abacaxi: fruto cheiroso. Abacutaia: Veja Abacataia. Abaetê: pessoa boa, pessoa de palavra, pessoa honrada. Abaeté: Veja Abaetê. Abaetetuba: lugar cheio de gente boa. Abaíba: noivo, Namorado. Abaité: gente ruim, gente repulsiva, gente estranha. Abanã: (gente de) cabelo forte ou cabelo duro. Abanheém: Veja Avanheenga. Abanheenga: Veja Avanheenga. Abaquar: senhor (chefe)do vôo. Abaré: Veja Avaré. Abarebêbê: de homem distinto que voa, o padre voador. Abaruna:...

A DANÇA DO TORÉ

OS POTIGUARA EM BRASILIA-DF ALDEIA TRÊS RIOS   A dança do toré dos índios potiguara   A dança do   toré  apresenta variações de ritmos e toadas dependendo de cada povo.                  O  maracá  – chocalho indígena feito de uma cabaça seca, sem miolo, na qual se colocam pedras ou sementes – marca o tom das pisadas e os índios dançam, em geral, ao ar livre e em círculos. O ritual do   toré   é considerado o símbolo maior de resistência e união entre os índios potiguara. Os índios potiguara da Aldeia Carneira           Dançam o toré para celebrar atos, fatos e feitos relativos à vida e aos costumes. Dançam enquanto preparam a guerra; quando voltam dela; para celebrar um cacique, safras, o amadurecimento de frutas, uma boa pescaria ou homenagear os mortos em rituais fúnebres; espantar doenças, epidemias e outro...